do caralho, Viagem escondida

Esconda seu nome
na gota da chuva
e na do orvalho
pois és do caralho,
criatura pura

Esconda sua fúria
no raio que tremula
Riscando o céu seu,
la natura pintura

Esconda sua cor
Na tinta da aquarela
Relicário intocável
de sinos às badaladas

Esconda sua voz
Na sinfonia dos astros
No ritmo do silêncio
Profundo como sonhos
Que no sono sem sonhos
Não marcam presença

Esconda sua plenitude
Da doença que apodrece o puro
Livre-se do fruto podre e imaturo,
Fênix ascendente da convalescença
(esconda isso tudo em uma única crença)