Sombras

É um mistério… verde ilusório

Esperanças vãs… e espíritos nefastos

De palavras rasgadas e gestos gastos

São noites queimadas do luar aceso

Pedras que chovem em versos de sangue

Que esculpo na parede do teu corpo

E vejo-te chegar

Vejo-te na sombra do arvoredo

Na noite que me intimida, não pelo medo

Mas pela fome

Fome de gente

Fome de vida

Sou espírito e alma vã

De corpo podre e mente sã

Lápides no meu olhar

Trespassam a ferida que sugas com desejos

É ardente…

Comovente até…

É fogo e chamas de gelo

É um espelho inclinado, num barco furado…

Além num castelo…

Assombrado…

É da sombra que é tua e das vozes que te guiam

És a noite obscena que me visita

Assobias e fujo na labareda que me apaga de ti

Basta!

É duro demais…

És frio e suo por ti o que não vivo

Nem sinto…

Morri!

Ai...

Lacrima D'Oro

Lacrima Doro
Enviado por Lacrima Doro em 10/01/2011
Código do texto: T2720591
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