AS VESTES DOS IMPUROS

E eis que ele não tarda, para ungir o passado

e ensinar ofícios oficiais.

Aos desesperançados da paz

a dadiva da fé,

para honrar o justo e enriquecer o simples.

Ele não tarda,

para conceder só aos fortes a personalidade,

para relegar só aos fracos a violência.

Queremos com ele uma nova luz,

como sol de amanhecer.

Queremos com ele uma constante fé,

para desvanecer os dias piores,

para amar ao próximo em dias melhores.

Queremos com ele as preces dos homens,

os pastos verdes e as águas tranquilas.

Queremos a paz e o grande leme,

como em constante Ano-Novo,

na esperança de não herdar os males do velho,

de não usar os fracassos de ontem,

de não acreditar nos temores de amanhã.

Como quem nasce em humildade,

mas ensinando ofícios oficiais,

nosso amanhã não tarda,

em Deus e luz na paz,

para lavar as vestes dos impuros.

Valdemes Ribeiro de Menezes
Enviado por Valdemes Ribeiro de Menezes em 07/01/2011
Reeditado em 07/01/2011
Código do texto: T2714485