Sede
Por quê;
Talvez eu não saiba, talvez, eu não sinta,
O amor, que, dos céus se vem e fica.
Dourado como o fogo,
Como os dias que se implicam...
A vida, interminável, porém, de fases.
Uma vida contínua e única.
Não tão simplesmente azul, mas, contudo,
Unicamente minha.
Talvez as amortalhadas sedas que me cobrem,
E também a túnica que me inverte o olhar
Da luz, tão diferente à noite,
Talvez os ventos que sopram ao sul;
Em meus ouvidos sob a terra, tão frios,
Ainda me sejam mortos.
Mas, ainda se falam os anjos, aos alfobres,
De bálsamos, o meu nome intensamente.
Ou, talvez, sejam os lírios
Sobre o meu corpo em taboa,
Em meio a minha voz, “em sede de amor;”
O meu próprio cântico de esperança.
(Poeta Dolandmay)