Sede

 

Por quê;

Talvez eu não saiba, talvez, eu não sinta,

O amor, que, dos céus se vem e fica.

Dourado como o fogo,

Como os dias que se implicam...

A vida, interminável, porém, de fases.

Uma vida contínua e única.

Não tão simplesmente azul, mas, contudo,

Unicamente minha.

Talvez as amortalhadas sedas que me cobrem,

E também a túnica que me inverte o olhar

Da luz, tão diferente à noite,

Talvez os ventos que sopram ao sul;

Em meus ouvidos sob a terra, tão frios,

Ainda me sejam mortos.

Mas, ainda se falam os anjos, aos alfobres,

De bálsamos, o meu nome intensamente.

Ou, talvez, sejam os lírios

Sobre o meu corpo em taboa,

Em meio a minha voz, “em sede de amor;”

O meu próprio cântico de esperança.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 03/01/2011
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2706371
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