E N C O N T R E I - M E ! ! !
Há quanto não tinha mais motivo para louvar,
não tinha mais motivo para rezar,
Até que um dia algo aconteceu, minha vida reviveu,
meu irmão quase morreu,
Desesperado, sem rumo e paralisado, sobrou-me os livros de outrora,
a sabedoria que me devora!
Tudo, no entanto, tornou-se frio, sem vida,
insuportável literatura da vida.
Fiquei sabendo que o conhecimento é santo,
mas não mais santo do que Deus!
Bastou olhar meu irmão, numa cama a morrer,
tive então a impressão,
Meu Deus, eu não sou ninguém, meu Deus o que eu causei,
Quantas vezes que pequei, nem sequer te procurei, apenas lhe culpei!
Perdoa minha volúpia, perdoa minha arrogância!
Agora vejo o quão grande eu sou, do tamanho de um grão,
O vento passa, leva e me devassa!
O ser humano não é mais do que uma semente de linhaça!
A dor que agora sinto, meu irmão não está comigo,
Só Deus pode curar, meus livros e minha petulância se foram,
Sobrou dor, saudades e muito amor!
Sim, não sabia quanto o amava,
Não sabia quanto dele precisava!
Agora sei o que se passa,
Na verdade a sabedoria de outrora,
De nada serve por ora,
Porque só Deus me consola!