VIDAS SUCESSIVAS

Num rebuscado rococó

Eu me vi em outra vida

Numa regressão sem dó

Era uma moça perdida.

Em prostíbulos vivia

Noites a fio eu pecava

Meu lar era a boemia

Quem pagasse eu amava.

Vestida como princesa

No vício me consumi

Perdi toda a beleza

Jovem ainda morri.

Triste despertar surgiu

Quando me vi noutro Plano

O espírito sucumbiu

Pelo terrível engano.

Séculos se passaram

Num atroz sofrimento

Viciados me cercaram

Grande foi o meu tormento.

Desgarrada mulher

Joguei demais com a sorte

Sem imaginar sequer

Que não se muda com a morte.

Sofrimento insuportável

Clamei ao Céu salvação

Surgiu um Anjo adorável

Me estendendo a mão.

O socorro fez-se então

Minha alma serenei

Depois que aprendi a lição

Neste corpo reencarnei.

Giustina
Enviado por Giustina em 22/12/2010
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T2685147
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