Catedral

Ser poeta é como ter um templo na alma, uma catedral portentosa

É como ter a alma garbosa ou anelar esse garbo

E ter um largo sorriso que a singeleza suscita

E não falar em desdita, sequer opor um embargo

À felicidade da alma, essa que lhe espera à frante

E acalentar, tão fremente, como por um anjo enlevado

E ouvir sussurros ao lado, exortações de alegria

Sorrir, fagueiro, pro dia, de encanto estar abastado

Poesia, intimista oração, é pra alma um conforto

É alijar o desgosto bem pra longe, a esvair-se

É sentir-se, então, calidamente estreitado

Por algum anjo amado, na sua essência fundir-se.

Valdecir de Oliveira Anselmo
Enviado por Valdecir de Oliveira Anselmo em 13/12/2010
Código do texto: T2668923
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.