A linha da vida.
A velhice não pode te afligir
Nem o frescor das manhas abrandar tua cela
Solitária és como a chama flambando
Navegando numa nau sem leme nem vela
O sol bendiz tuas manhãs
A aurora conclui um espetáculo maravilhoso
Encerrando tua existência no mar dos devaneios
Levando vida a teus sonhos dadivosos
Como podes indicar um destino
Julgar se o apego que encerro é superficial
Indiferente, teu fardo é zanzar no vazio.
Sem norte nem estrelas como referencial
Minha vida se converteu
Teu juízo fez o meu ruir parte da essência
Não sou anjo, mas feito águia guio teu caminho.
Tens meu perdão, mas não minha paciência.
Pai... Perdoa teu filho
Faz do coração deste néscio uma fortaleza
Seja feita a Tua vontade, sempre e sempre
Da-me forças para ir além com madureza.
Manoel – 11/12/2010 – 04:48h