Manter-me-ei atenta...

Estou a sentir o peso,

o peso de uma idade qualquer,

que não é minha!

Esta existência, já com alguma medida,

não condiz com a grandeza deste espírito!

Vem por aí algo estranho,

para atrasar o entusiasmo,

como sempre!

Vou manter-me atenta...

Vou perscrutar as maldades

para não escorregar no musgo!

A cor é verde,

verde mórbido,

para ver se tombo!

O meu verde é lindo,

cintilante, suficientemente ofuscante,

sobre aquele!

Mas terei que estar atenta!

Esta onda que me cerca,

que me faz trabalhar,

mesmo em lazer, é irritante que basta,

pois mexe,

mexe com tudo,

mesmo sem eu querer!

Construirei mais um muro,

até ter uma casa,

semelhante a um castelo...

Uma espada e um escudo,

mas nunca,

nunca,um sentir, mudo!

Vénus Ad Extremum
Enviado por Vénus Ad Extremum em 10/12/2010
Reeditado em 11/12/2010
Código do texto: T2664780
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