VIAGEM DE UMA ALMA
A alma que a carne reveste,
Dela se despe no fim.
Segue nua e encantada,
Como estrela iluminada,
Pelos campos de jasmim.
Longe da prisão que a encerra,
Vê do alto a Terra
No azul mergulhada.
Sem tempo, espaço, idade,
Sente apenas o traço de uma doce saudade,
Que se funde na memória registrada.
Entre as partidas e as chegadas
A certeza de uma próxima jornada
Em novo renascer.
Astro que aumenta sua luz
Rastro que a alma conduz
Pela eternidade do ser!
De volta ao exílio
O véu do esquecimento vem em seu auxílio
A alma retorna à sua morada ainda mais resignada
Expandiu seu limite evolutivo
Adquiriu saldo positivo
Para uma nova caminhada!