VIAGEM DE UMA ALMA

A alma que a carne reveste,

Dela se despe no fim.

Segue nua e encantada,

Como estrela iluminada,

Pelos campos de jasmim.

Longe da prisão que a encerra,

Vê do alto a Terra

No azul mergulhada.

Sem tempo, espaço, idade,

Sente apenas o traço de uma doce saudade,

Que se funde na memória registrada.

Entre as partidas e as chegadas

A certeza de uma próxima jornada

Em novo renascer.

Astro que aumenta sua luz

Rastro que a alma conduz

Pela eternidade do ser!

De volta ao exílio

O véu do esquecimento vem em seu auxílio

A alma retorna à sua morada ainda mais resignada

Expandiu seu limite evolutivo

Adquiriu saldo positivo

Para uma nova caminhada!

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 29/11/2010
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