Como Flor de lótus
elisasantos
Raízes fincadas na escuridão... na terra, os pés descalços, arraigados
À matéria, que infiel deteriora ao ar e inconteste investe em erosões
De sonhos, do corpo e das emoções, assim flui a vida. A que se pode ver!
No relógio, o tic que antecede o tac, acelera os medos e fadados...
Aos limites impostos, com as mãos no peito, em busca de luz
Que amenize da vida o começo imerso em lodo, em círculos
Ansiando superfícies, como flor de lótus, procurando espaços
Rompe-se a barreira do solo e sem dolo outrora submersos...
Avistamos ao céu! Carícias das luzes, mestras em modelagem
Tiram as aparas, fortes odores espalham-se perfumando as noites
Outrora sem luar, com mágicos olores espirituais, da terra redimidos
Nasce, em pleno espírito, uma especíe magnífica em plena superfície,
Espalhando em luzes vida-nova em noites de eterno luar!