Da mónada até...
Sim, já escrevi sobre os anjos e, quão belos e felizes o são.
Brinquei com os demônios e fizemos a fissura no tempo.
Enfeitei de rosas o jardim pra poetisa eterna no meu peito.
Desci até os abissais de almas e de mim própria.
Fiquei pacientemente observando o pôr-do-sol e delicie-me com suas belezas.
Admirei a lua em todas as suas formas e sorri para suas estrelas.
Trouxe nas letras um conhecimento pequeno, e li inúmeros relatos de vida.
Abri cada livro com o olhar atento e mãos postas em júbilo e agradecimento.
Abracei aos mendigos e agradeci-lhes pelas lições de dor (e amor) tão nítidas.
Chorei sobre meu cadáver de egoísmo quando descobri o valor de humildade.
Enfim, subi ás alturas de céus e adentrei infernos tão frios, pra que?
Pra lapidar meu Espírito, que vindo desta mónada, caminha e não furta:
O tempo,
a luz,
a beleza,
o possível,
a simplicidade,
a imensidão
...de possibilidades.
Laskowiski, Anne – 13/11/2010 (19:38)