Jovem para sempre
Ainda é cedo, o sol nem nasceu
Rastejo para fora do casulo
Tenho os olhos acesos como charutos
A alma que gira em torno da chama
Você ainda se lembra de quando foi jovem?
De quando brilhava como um raio de sol
E no jardim de casa florescia sua vida
Nas labaredas de uma estrela torta
Há alguém no chão, em frente ao espelho
O sol nasce difuso na escuridão do amanhecer
E as nuvens parecem plásticos dissolvendo
Nossa juventude, que escorre entre os sapatos
Então finalmente você me vê,
Com olhos de rubi, sorrindo graciosamente
Será que você entende que serei jovem pra sempre?
Dentro da carcaça desta velha e podre mosca