BRAÇOS EM CRUZ

Há uma branca luz na fronte

Que ilumina toda a paisagem,

E as pedras da íngreme passagem

Que leva o homem ao horizonte,

Do amor e a seguir os passos,

Não importa a raça ou a idade,

Do Cristo que mostrou a verdade

Quando abriu, em cruz, os braços.

Suas palavras fortes de vivas cores,

Ainda zumbem como abelhas indiscretas,

Têm mais beleza que versos de poetas,

Divino bálsamo que alivia as dores.

Canteiro da verdade no verde jardim

Onde se busca a paz da sua sinfonia

Que faz acordar e sair da triste agonia

Os que pensam que a morte é o fim.

Cintilantes estrelas na escura noite,

Bronze insistente que bate e soa

N’alma orgulhosa de toda pessoa

Que irada lança mão do açoite;

Para punir o outro como supremo

Juiz sentado em tribunais dementes,

Mas, trazem consigo culpas ridentes,

Destilando gota a gota o seu veneno;

Que a impedem de compreender a pureza

Dos ensinamentos, da força do perdão,

Que vive eternamente no coração

Do Cristo que é, da vida, a fortaleza.