O que tenho feito de mim?

De pó que fui virei obra sublime,

Do sopro de vida meu germinar,

Gotas de ternura fertilizaram um ventre

Neste momento vida acolheu vida,

Assim mulheres se tornam santas,

Santas mulheres,

Mulheres ficam santas,

Que por amor se doam integralmente.

Foi assim o meu moldar,

Na sutileza da semente a graça de ser gente.

Conheci a luz...

O esplendor das cores,

Recebi o mérito da palavra e do entendimento,

Do rastejar me ergui guiada pela mão santa,

Santas mãos, mãos se tornam Santas,

Que por amor conduzem o caminhar

De sorte caminhei...

Quis encontrar meu destino,

Pisei em pedras e espinhos,

Igualmente fui feliz

Veio o vento forte, o frio e a escuridão,

Fizeram-me ter saudade da minha origem,

Das cantigas de ninar, do conforto das asas

Que se fechavam pra me abrigar.

Mas o que fazer pra continuar?

Juntar a vaidade do mundo à delicadeza da alma

é dificil, são como água e óleo,

porém, não é impossível.

Posso medir porção como desejar?

Se me vem à intenção, me perco com o coração,

O sabor do desprazer me fez descobrir a temperança,

Sobretudo a razão da existência,

Que é ser morada do espírito de paz.

Espírito Santo, santo espírito

Que me faça buscar e permanecer na santidade.

Tete Crispim
Enviado por Tete Crispim em 30/10/2010
Reeditado em 30/10/2010
Código do texto: T2586387
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