Um incrédulo amigo meu
E tu ó incrédulo pudico,
olhai o céu nos arredores de tudo
para veres Deus ao alcance dos teus olhos.
Teu dorso na areia fofa distraído,
o joelho distante da oração e ao chão vergado
como se a olhar estrelas de algum céu inviso.
Mas meu coração que não é de papel,
em tua descrença, fogo ateia,
como se diferente te quisesse, por Deus amado e vivo.
Dizem-me minhas orações que ainda nada és,
além de procurares sem viés
a roupa que bem poderia vestir- te o coração e o corpo,
pondo tua fé no altar de altares outros,
onde o nosso Deus te oferta a vida e acolhe a alma.