Poetas são anjos...

Todos os dias, no mesmo horário...

Estava ela a espera da Inspiração...

Vistia-se de branco,

Como um verdadeiro anjo...

As badaladas dos ponteiros,

Soavam como sons de valsa...

Com o tinteiro e o pincel em mãos,

Fazia rabiscos de amor...

A medida em que se desenrolavam

Os primeiros quartetos...

Sentia-se voando leve

Por cima de um rio argênteo, cintilante...

Seu vestido reproduzia os murmúrios

Do vento, que de outras estações, fazia...

Sussurros de sofrimento, lamúrias...

A espera do amado...

Suavemente, caminhava em direção à sina...

Uma escada obscura, cercada por nuvens carregadas...

No final, um brilho intenso...

O reencontro...

A medida em que caminhava...

O clímax e o desfecho da poesia,

Desenrolavam-se...

Mas, motivada persistia...

Apatetada estatiza-se...

Diante da beleza daquela lua cheia...

Coberta de brilho...

Resplandecendo beleza...

Sensibiliza-se...

E, sem forças para continuar...

Desperta do sono profundo...

Ávida ao firmamento de um novo dia...

Onde o espetáculo reiniciará.

alex alves
Enviado por alex alves em 26/10/2010
Reeditado em 20/07/2012
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