Vegetais
Na mata, os vegetais
Colhidos no meio da noite
Despontam na madrugada fria
Regados com o fel da língua
No meio de tantos arbustos, os homens transformados
Crescem em segredo
E o ocaso transplanta a luz dos olhos opacos
Sem sentir, chega a manhã, e junto a ela o despertar dos vegetais
Dentro de cada um há um silêncio instantâneo
Para berrar na nova noite que aponta.