Razão

 

Ledor, o que escrevo é você.

Se não sou eu mesmo,

Eu não sou ninguém.

Não me queiras entender

Se não te entendes.

Também sinto no mundo

Tudo o que sentes...

Do mesmo modo as dores

Dos desamores, que todos têm.

Porque são fados,

E são rochas a quebrar.

Nada é ainda próprio

Como dos céus são as estrelas.

Tudo está a amar

Na luz branca que são delas,

O azul te enganas ver

A própria alma que carregas.

Nada tens a compreender

O que seja uma dor.

No profundo dos teus olhos

A tristeza me é luz,

E a solidão, me é amor.

O teu caminho é meu intento,

Os meus versos do além.

O que escrevo é você,

Mas o que lês, sou eu também.

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 22/10/2010
Código do texto: T2571815
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