Razão
Ledor, o que escrevo é você.
Se não sou eu mesmo,
Eu não sou ninguém.
Não me queiras entender
Se não te entendes.
Também sinto no mundo
Tudo o que sentes...
Do mesmo modo as dores
Dos desamores, que todos têm.
Porque são fados,
E são rochas a quebrar.
Nada é ainda próprio
Como dos céus são as estrelas.
Tudo está a amar
Na luz branca que são delas,
O azul te enganas ver
A própria alma que carregas.
Nada tens a compreender
O que seja uma dor.
No profundo dos teus olhos
A tristeza me é luz,
E a solidão, me é amor.
O teu caminho é meu intento,
Os meus versos do além.
O que escrevo é você,
Mas o que lês, sou eu também.
(Poeta Dolandmay)