Mistério do Rei do mundo
Cada dia mais os homens se esquecerão de suas almas
E se ocuparão de seus corpos. A maior corrupção reinará na terra.
Os homens se assemelharão a animais ferozes,
Sedentos de sangue dos seus irmãos.
A meia-lua se apagará e seus adeptos se sumirão na mendicidade
E na guerra perpétua. Seus conquistadores serão feridos pelo sol,
Mas não subirão duas vezes.
Acontecerá com eles a pior das desgraças
E acabarão entre insultos aos olhos dos demais povos.
As coroas dos reis, grandes e pequenos, cairão.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito...
Haverá uma guerra terrível entre todos os povos.
Os oceanos ficarão vermelhos...
A terra e o fundo dos mares se cobrirão de esqueletos,
Os reinos serão fracionados, nações inteiras morrerão...
A fome, a doença, os crimes desconhecidos pelas leis...
Tudo quanto o mundo ainda não contemplou.
Virão então os inimigos de Deus e do espírito divino
Os quais jazem nos próprios homens.
Aqueles que levantam a mão sobre outro,
Perecerão também. Os esquecidos, os perseguidos se sublevarão
E chamarão a atenção do mundo inteiro.
Haverá nevoeiros e tempestades,
As montanhas descobertas se cobrirão de bosques.
A Terra tremerá... Milhões de homens trocarão
As correntes da escravidão e as humilhações pela fome,
Pelas doenças e pela morte.
Os antigos caminhos se encherão de multidões
Que irão de um lugar a outro.
As maiores e mais formosas cidades perecerão pelo fogo...
Uma, duas, três... O pai lutará com o filho,
O irmão com o irmão, a mãe com a filha.
O vício, o crime, a destruição dos corpos
E das almas imperarão sem freios...
As famílias se dispersarão...
A fidelidade e o amor desaparecerão...
De dez mil homens, apenas um sobreviverá...
Um louco, nu, faminto e sem forças,
Que não saberá construir uma casa
Nem lhe proporcionar alimento...
Uivará como um lobo raivoso devorará cadáveres,
Morderá sua própria carne e, irado, desafiará Deus...
A Terra será despovoada.
Deus a largará de sua mão.
Sobre ela apenas a noite e a morte espalharão seus frutos.
Então surgirá um povo até agora desconhecido
Que, com punho forte, arrancará as más erva da loucura
E do vício e conduzirá os que permaneceram fiéis
Ao espírito do homem, à batalha contra o mal.
Fundarão uma nova vida na terra
Purificada pela morte das nações.
Dentro de cinqüenta anos não terá
Mais que três novos grandes reinos
Que viverão felizes durante setenta e um anos.
Em seguida virão dezoito anos de guerras e cataclismos...
Depois, os povos de Agharti sairão de suas cavernas
Subterrâneas e aparecerão na superfície da terra.