Que seja!

Ó mundo devolva o ar que tirou,

a terra que se abriu sob os pés

alegoria do profundo abismo

aquele interno e infinito,

o buraco negro dos sonhos,

o sumidouro das paixões,

o ladrão dos amores.

Eis que nem em ânsia nada o preenche

e alarga-se a cada novo solitário amanhecer

o amanhecer dos que contemplam como convidados

não aos obrigados, nem aos condenados.

Sim, os próprios enviados.

Os cansados por indiferença à mensagem.

Se tais perderem a esperança do resgate,

se simplesmente decidirem partir,

que restará das ovelhas desgarradas.

Que pastos secos à míngua da própria escolha?

Ó mundo não esqueça dos enviados!

A estes não esqueçais da gratidão,

A estes trazei estímulos e recompensas,

distribuindo as pequenas doses do premio final.

Diego Pablo Cozer
Enviado por Diego Pablo Cozer em 20/10/2010
Código do texto: T2567216
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