Que seja!
Ó mundo devolva o ar que tirou,
a terra que se abriu sob os pés
alegoria do profundo abismo
aquele interno e infinito,
o buraco negro dos sonhos,
o sumidouro das paixões,
o ladrão dos amores.
Eis que nem em ânsia nada o preenche
e alarga-se a cada novo solitário amanhecer
o amanhecer dos que contemplam como convidados
não aos obrigados, nem aos condenados.
Sim, os próprios enviados.
Os cansados por indiferença à mensagem.
Se tais perderem a esperança do resgate,
se simplesmente decidirem partir,
que restará das ovelhas desgarradas.
Que pastos secos à míngua da própria escolha?
Ó mundo não esqueça dos enviados!
A estes não esqueçais da gratidão,
A estes trazei estímulos e recompensas,
distribuindo as pequenas doses do premio final.