(Estátua em bronze São Francisco de Assis)

O Menino dos Pés Descalços

O menino não almejava ser letrado, nem tampouco cobiçado por quinhão ou quiçá legado que porventura pudesse conquistar;

O menino não ostentava tecidos caros, herança renegada, profundo talho, que seu genitor pode suportar;

O menino na contramão do que fora traçado, trocou a riqueza para amenizar o fardo que multidões de desamparados, com gritos de fome e aglomerados ansiosos muitas vezes por tão só cândido olhar;

O menino descalço nos rumos árduos contando os calos que doíam os passos que a caridade foi lhe ofertar;

O menino na riqueza não encontrou o afago, nem a alegria de ser recompensado pelo doar desinteressado em troca somente de represar chorar;

O menino ainda caminha por lugares vastos, sentindo a dor alheia, é um andante nato, simplicidade terna é o seu cajado,amar aos outros sua oração,pés que palpam a dureza do chão;



Chico, menino de memorável legado, os nossos corações hão de sempre o lembrar, doasses ao mundo abundâncias de amparos ao invés de outras vidas que escolhestes desprezar.
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 19/09/2010
Reeditado em 25/09/2013
Código do texto: T2506767
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