A bailarina

Em uma sala espelhada

A bailarina perfumada

Enlaçava as sapatilhas

Os seus olhos atentos

Sentia no tempo

A hora de ceder

Fechavam-se no compasso

Das notas no imaginário

A florescer

Em traços suaves

A claridade invade

Todo o ser

E a bailarina dançava

Fora do corpo, dentro da alma

A possibilidade de renascer

Em suas sapatilhas

Todas as partidas

De outro viver.

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 08/09/2010
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