A bailarina
Em uma sala espelhada
A bailarina perfumada
Enlaçava as sapatilhas
Os seus olhos atentos
Sentia no tempo
A hora de ceder
Fechavam-se no compasso
Das notas no imaginário
A florescer
Em traços suaves
A claridade invade
Todo o ser
E a bailarina dançava
Fora do corpo, dentro da alma
A possibilidade de renascer
Em suas sapatilhas
Todas as partidas
De outro viver.