Apresentação
APRESENTO-ME
Este caderno é de um homem rude,
solitário feito um anjo perverso,
é o sangue de um homem sem virtude,
cuja única virtude é o seu verso.
Escrevo não por dom, é uma atitude,
um jeito de me confessar: confesso!
Já nem se trata mais de solitude,
nem de falar de algo já pregresso.
É uma atitude revolucionária,
escrevo à sombra e detono o pavio.
Este poema é festa literária,
é como a água efêmera de um rio,
é como um assovio, uma doce ária,
é um jeito de falar, e silencio...
Vagner Rossi