Diálogo da meia-noite
Ah, triste alma, à que veio?
Escritos estavam os seus dias
no livro divino dos céus.
Alheio, atentas o teu destino
no que te julga soberano;
na tua calma estranha,
e de conflito, e de engano.
Ao redor do que me clareia,
me ofuscas, e me consomes
quais as tais de suas leis
que não pregam as suas mãos,
que não são de suas bênçãos;
pois recriais os mandamentos
perante a sua eternidade.
Não serei igual a ti, oh turvo,
quais as tuas entranhas;
porque o meu cajado é sólido
sob as suas confusas tentações.
O meu caminho é o da verdade,
e a minha alma é pura.
Mórbido, são os teus dentes.
Não andarei pelo caminho
das tuas doutrinas, e não me
apegarei as tuas falsidades;
porque eu sou daquele
que não perece,
daquele que é de afeto, e de luz,
e o servirei eternamente;
porque Nele eu tenho prazer!
(Poeta Dolandmay)