Mosteiros

Mosteiros

Reclusos olhos de gente

Tão presas, em seus desejos

Humildes medos dos ventos

Gotejam em suas telhas

Se fecham, se trancam, se escondem

Da vida, da dor, do viver

E emanam cânticos sagrados

Perdindo perdão do que?

Teus muros te inclausuram em teus nadas

Enquanto a vida passa sem porquê

Deus não castiga, não perdoa, não limita!

Deus é a luz que ilumina meu viver

Ele protege, ele acalma e ensina

Que está em nós, e que para sempre vai viver!

Nesses mosteiros tanta dor foi escondida

Na arquitetura rasgos tantos da invasão

Nos jardins, agora todos tão floridos...

Quantos escravos não morreram sem perdão?!

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 30/06/2010
Reeditado em 30/05/2014
Código do texto: T2349817
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