Mosteiros
Mosteiros
Reclusos olhos de gente
Tão presas, em seus desejos
Humildes medos dos ventos
Gotejam em suas telhas
Se fecham, se trancam, se escondem
Da vida, da dor, do viver
E emanam cânticos sagrados
Perdindo perdão do que?
Teus muros te inclausuram em teus nadas
Enquanto a vida passa sem porquê
Deus não castiga, não perdoa, não limita!
Deus é a luz que ilumina meu viver
Ele protege, ele acalma e ensina
Que está em nós, e que para sempre vai viver!
Nesses mosteiros tanta dor foi escondida
Na arquitetura rasgos tantos da invasão
Nos jardins, agora todos tão floridos...
Quantos escravos não morreram sem perdão?!
Márcia Poesia de Sá