" Vida à poesia "
Falaram-me da morte
Como se fosse o oposto da vida
O antônimo, distinta da sorte
O último corte
A rua sem saída
Declamaram-me poesias sobre ela
Em linhas entristecidas
Que por si só não cabiam
No tão pouco dito
Nos escritos do aflito
Mascararam-na, sobretudo na fantasia
De que a morte é o fim
É a porta vazia
Esquecidos...
Assim todos foram
Os que deixaram de compreender
A eternidade do viver...
Isto sim foi morrer!