Onde é o meu céu?
Visto-me de tédio…
Escolhi a cor cinza,inóspita escolha,
num dia em que alma, masoquista,
rejeita sentir-se confortável
Absorta no vácuo da imensurável letargia
Antevisão de uma neblina anunciada
Sou eu a nu feita de imbecilidades
Quebro-me em silêncios marginais
Medito a fé em pele de galinha
Escrevo um poema curto e ateu
Sempre que questiono onde é o meu céu
Ou tento perceber a minha relação com Deus