Sandálias de Deus

Um dia o Senhor me gerou Consigo e eu

Fugi de casa.

Fui um mal filho, vivi no mundo e nunca olhava

Para a morada do Pai.

Tinha muitos amigos, mas nenhum era igual a Deus.

Muitos me consolavam, mas só Deus

me enxugava as lágrimas de verdade.

Nenhum colo é tão tranqüilo quanto os braços do Senhor.

E na casa de Deus não existe tempestades nem furações.

Vivi ao vento;

Andei na chuva;

O pão era incerto

E andei descalço.

Agora estou nos braços de Deus:

Só há a maresia do mar para me consolar;

Só há brisa para me acalentar;

A mesa é farta de pão e de amor;

Estou, em fim, calçado com a Graça de Deus.

Já não há pedras que machuquem meus pés;

Já não há tempestades em minha alma;

Minha vida é uma reta de amor, carinho e amizades.

Vejo a presença de Deus em meu espírito

Agora represento de fato a Deus,

Sou Seu filho, o Senhor tem orgulho de mim

Porque agora hei de ser santo á Sua imagem.

Por isso louvo a Deus com alegria

Porque moro no Pai e Ele mora em mim:

Não há dor porque agora somos celestes;

Não há tempo, porque Deus é eterno;

Tudo é calmo e tranqüilo, porque tudo em Deus é a paz.

Arquelau de Satna
Enviado por Arquelau de Satna em 11/05/2010
Código do texto: T2249914
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