Sandálias de Deus
Um dia o Senhor me gerou Consigo e eu
Fugi de casa.
Fui um mal filho, vivi no mundo e nunca olhava
Para a morada do Pai.
Tinha muitos amigos, mas nenhum era igual a Deus.
Muitos me consolavam, mas só Deus
me enxugava as lágrimas de verdade.
Nenhum colo é tão tranqüilo quanto os braços do Senhor.
E na casa de Deus não existe tempestades nem furações.
Vivi ao vento;
Andei na chuva;
O pão era incerto
E andei descalço.
Agora estou nos braços de Deus:
Só há a maresia do mar para me consolar;
Só há brisa para me acalentar;
A mesa é farta de pão e de amor;
Estou, em fim, calçado com a Graça de Deus.
Já não há pedras que machuquem meus pés;
Já não há tempestades em minha alma;
Minha vida é uma reta de amor, carinho e amizades.
Vejo a presença de Deus em meu espírito
Agora represento de fato a Deus,
Sou Seu filho, o Senhor tem orgulho de mim
Porque agora hei de ser santo á Sua imagem.
Por isso louvo a Deus com alegria
Porque moro no Pai e Ele mora em mim:
Não há dor porque agora somos celestes;
Não há tempo, porque Deus é eterno;
Tudo é calmo e tranqüilo, porque tudo em Deus é a paz.