A Mão do Homem
A mão do homem
No instante em que se abre,
Traz nela toda a humanidade
Um pedaço do caminho traçado
Por toda uma geração
A mão do homem
No instante em que se abre,
Tem a leveza de uma pluma
Quando nela se carrega o amor
A compreensão, o respeito, a dignidade.
A mão do homem
No instante em que se abre,
É capaz de transpor num simples gesto
A mais profunda verdade
Aquela que não foi dita, mas tocada.
A mão do homem
No instante em que se abre,
Transforma a guerra,
Renascendo dela
a beleza das flores.
A mão do homem
No instante em que se abre,
Torna-se grande o que é pequeno,
Eterno, o que era breve
renascido, o dilacerado.
A mão do homem
No instante em que se abre,
Não se pode fechar...
Porque nela se encontra Deus
Mostrando a saída, na mão do homem!
Poema escrito a partir, de uma imagem de extrema sensibilidade e essência, fotografada pelo meu amigo e artista Rony Corrêa.