Um sujeito estranho
Um sujeito estranho
Marcos Moreno / Ibitinga
Eu caminhava pelas ruas da cidade quando encontrei
Um sujeito estranho com um livro na mão, parei pra ver
Ele falava de justiça, das injustiças e coisas da lei
Achei esquisito, porém a curiosidade não pude conter.!
Parecia ele mais um morador de rua, falava da lua
Do canto dos pássaros e da luz do amanhecer
Exaltava o sol do meio dia, a chuva que caía
E também dizia do final de tarde e do anoitecer.!
Era um conhecedor, falava de amor, do cheiro da flor
Das pequenas coisas que não conseguimos perceber
Tinha olhar magnético, profundo, falava do mundo
E tudo que ainda estava para acontecer .!
Falava da ambição, da mentira, da maldade, da traição
Da solidão e do perdão que ninguém mais quer saber
Falava das guerras e da maldade em nossa terra
Que a cada dia, só fazia a humanidade sofrer.!
Percebia-se um homem sério, cheio de mistérios
Falava do adultério e dos valores que estão à perder
Falava da riqueza, da pobreza e da farta mesa
E daqueles que não tinham mais nem o que comer .!
E enquanto ele ali falava, eu me distanciava
Sem perceber eu viajava dentro do meu ser
E quando eu dei por mim, uma voz disse assim:
Obrigado filho, foi muito bom eu te conhecer.!
Um sujeito estranho
Marcos Moreno / Ibitinga