A bomba de Hidrogênio
Para o Luís de Serguilha
"O imprescindível é o caos-cosmo" (Giles Deleuze)
crônica.
É a senhora absoluta de todas as carnes.
Para sempre
- menos contudo que a África
- esposa esconde o espanto no véu de um fel de estrelas
estonteando estéril
onde seu mistério: ainda não?
Espetáculo, discrição.
África das pedras amazônicas e dos rinocerontes feitos
de pluma de cavalo.
Feios em bonito
Veneno em antídoto
com plumas em plúmbeo maciço de granito
suave.
Rituais no rito calmo
em aflito lânguido conflito
em salmo.
A Bomba da neurose de qualquer civilidade.
Cipó. Cipoal dos mistérios Galileu.
Anzol. Vara de pescar o amor Cristão-Judeu.
Cidade dos gritos de louvor na selva dos horizontes.
Amorosa meridional, jamais me amedrontes,
Tenho medo tanto
Que canto
Por ti, conosco,
Neste breve eterno poema fosco.
Explosão
(Estrépito medroso, pânico valente)
estupidamente nos escombros da escadaria
de uma catedral na Espanha.
Mata chuva englutida em toneladas de água
sal.
Como a esmeralda-floresta:
contido em seu ardor marítimo
um tronco de rio-mar com oitocentas
espécies de árvores cadáveres cárceres
(Inventas?)
pássaros vórtices sílfides órbitas cólicas
álacres
Agradece muda.
Bélica sua agressividade e pasmo.
Seu quando é sobriedade. Seu um dia
Tremor, espasmo
anárquico em ordem de orgasmo
Arrête!
Seu ritmo é signo mímico de quem não morre.
Milagre.
Seu recato pudor poder seu recado:
- Eu, a senhora absurda!
Alimentando a Abissínia e fazendo-a
fortíssima Etiópia.
Aveluda de amêndoa
o dom da própria cópia!.
Acima da bomba de hidrogênio. É o Fim.
A senhora que chafurda. Como um cavalo de Quixote.
Na xerófita - Branco -
encontra um calango-búfalo de que descenderá
raça neoumana vida neófita.
Esta raça opta
por ser apta à África.
Nem mesmo a de átomo, nem a de ácido,
nem a ávida atômica, conosco, mulheres, com nós, homens,
nem a tão rápida suicida coletividade a recuperam.
Quem ultrapassa em sua esfera um
Arcebispo na deusa-vida a sorrir e poder
pode controlar a batida de mil anos à frente?
Reincida ou não, a bomba de hidrogênio tem aquilo
de que nós mais carecemos porque tem H, sem
o H 2 O pessoalmente. Ida. É fúria zen. Tem seu estilo.
É ponte Espanha-África
a Renascimento-pré-história.
Órbita.
Lucupleta.
Ela controla sim de seu mutismo a evolução espiritual
cinzelando com todos os pensamentos.
É como Atleta Grega.
Pincela a bomba de hidrogênio só ela
une-os por seu poder de desuni-los. Leiga.
Agrega-nos por seu poder de separá-los.
Ou libertação a ti por seu poder de destruir os
patifes da Atenas Global.
Nos fecunda funda prados. Vai a Esparta. Surda
e absurda. Abismo.
Retoma. Descarta a Ilha de Thera.
Redesenha. Refunda morros e vivos.
Afunda pobrezas. Emerge
caminhos ou caminhantes do ismo
libertos e cativos
sempre da Liberdade Geográfica.
Proteção Ismografia.
A irrefundível das bombas. A “desejável” cabralina.
Salas de desconcerto
e quinteto de leão carnívoros.
Sofisticado Johann Sebastian em lama
coberta de fungo de vida, de barro recheado de lodo, de Bach.
Nos iguala iguais. Stravisnkya-nos como Primaveras.
Sagra-nos Flores de pedra e amores
e sonhos de príncipe e de garra-de-dragão. De dentes.
Viena aos igarapés do Capibaribe.
Hienas arcediagas de uma farsa aleluiamente acabada.
Rainer Maria Rilke em João Cabral de Melo Neto enfim.
Foucault no Paixão Cearense.
Passepied e Courante no afoxé.
Nos forçares. O que é
transubstanciado em ervas. Em fumaças. Em.
Nos nada nada divagação com seu poder de fundir seres
sejam homens sejam crianças sejam velhos mulheres
em ar. Igual. Liberto. Fraterno.
Revolução Francesa de H.
Novíssima Ordem Mundial em coice.
A Bomba.
Bombeia Paz.
Sejam, sejam. Sejam. A bomba de hidrogênio
será um dia? Será um dia dia?
será que será? O quê?
O quê de tanto a mais em si a Lua nos proteja?
O Sol nos veja
a Vitória,
bomba bomba. Ou bomba.
Pomba megapacifista
do Sol.
Da Lua.
E a Terra?
Quem enterra?