DESENGANO
Rosas murchas e espinhos expostos
Tempo morto, penumbra à porta
Vagas ruas, quartos vagos
Vago rasteiro e sem resposta
Um coração pulsante,
Um medo errante
E uma janela que assombra minha noite fria e atormentada:
Desengano na porta da entrada!
Um homem morto
Uma vela apagada
Um olho cego
Um caminho sem estrada
Uma vida sem rumo
Um mundo sem vida
Um arco sem flecha
Alma perdida.
Eduardo César