DESENGANO

Rosas murchas e espinhos expostos

Tempo morto, penumbra à porta

Vagas ruas, quartos vagos

Vago rasteiro e sem resposta

Um coração pulsante,

Um medo errante

E uma janela que assombra minha noite fria e atormentada:

Desengano na porta da entrada!

Um homem morto

Uma vela apagada

Um olho cego

Um caminho sem estrada

Uma vida sem rumo

Um mundo sem vida

Um arco sem flecha

Alma perdida.

Eduardo César

Eduardo Cesar
Enviado por Eduardo Cesar em 14/03/2010
Reeditado em 27/07/2015
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