No meu quarto
Mais uma vez assombras o meu quarto
Cruel, maligno e traiçoeiro
Que traz imensa dor de parto
E atormentas o dia inteiro
Antes chegavas sozinho
Não tinhas vizinho
Não tinhas companheiro:
Eras único ó meu coveiro
Agora não vieste só
Chegou com meu desengano
Na garganta foi-se um nó
Tornastes cotidiano
Essa vida desperdiçada
Com a descoberta da loucura
Minha alma atormentada
pois já se foi a formosura
Lagrima: bebida
Alimento: Desespero
Uma cratera é minha ferida...
Tens pena de mim o meu coveiro!
Eduardo Cesar