No meu quarto

Mais uma vez assombras o meu quarto

Cruel, maligno e traiçoeiro

Que traz imensa dor de parto

E atormentas o dia inteiro

Antes chegavas sozinho

Não tinhas vizinho

Não tinhas companheiro:

Eras único ó meu coveiro

Agora não vieste só

Chegou com meu desengano

Na garganta foi-se um nó

Tornastes cotidiano

Essa vida desperdiçada

Com a descoberta da loucura

Minha alma atormentada

pois já se foi a formosura

Lagrima: bebida

Alimento: Desespero

Uma cratera é minha ferida...

Tens pena de mim o meu coveiro!

Eduardo Cesar

Eduardo Cesar
Enviado por Eduardo Cesar em 13/03/2010
Reeditado em 22/02/2011
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