Oração
O meu querido pai
Perdoe-me,
Sei que faz mal sentir ódio,
Tanto físico quanto psíquico,
Mas hoje estou com ódio,
E o pior,
De mim mesmo.
Detesto-me,
Por não conseguir ser quem sou,
Por não ser verdadeiro comigo mesmo,
Por fugir da verdade,
Por fingir.
Quando será que vou conseguir
Livrar-me das opiniões dos outro?
Se sou honesto,
Bondoso,
Não roubo nem mato.
Se sou paciente,
Carinhoso,
Que falta?
Ó meu senhor,
Sei que é um pedido estranho, mas o faço suplicando.
Da-me forças suficientes
Para mandar para o fim do mundo,
Lá onde o vento faz a curvo,
Serve também o lugar
Onde o diabo perdeu as botas,
Uso estas metáforas
Para evitar palavras grosseiras,
Mas que diriam melhor o que sinto.
Enfim, dá coragem suficiente,
Para acabar com qualquer preconceito
Que habita dentro de mim mesmo,
Para que assim,
Possa ter convicção suficiente
Para repugnar qualquer preconceito esterno,
E não mais me ferir,
Com palavras destrutivas
De pessoas vazias,
Adornadas de padrões,
Amem!
(11/02/07)