O Alvo

O Alvo

Estranho ser, que ignora e vive,

Nada têm de alma, nem coração.

Quem é que te deste o tudo que tive?

Os céus! Tudo a fronte de mim,

A vida, tudo a intento de mim...

Lua clara, duma outrora existência,

Sol que queima sem sofrer,

Mar imenso, o espelho, a aparência.

Vai zeloso, vai viver...

Quando tu vês o infinito azul sem fim,

As flores brancas dum jardim,

Ou talvez o sangue da esperança nua,

Vai, quem sabe encontrarás a tua...

Tão nua, a rogar, por contentamento

Aos olhos de quem te tens perfeito,

E dizer sob as cálidas fendas das mãos

Que adventício tu és de esquecimento.

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 23/02/2010
Código do texto: T2102272
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