Nos mistérios

Nos mistérios

Eu vi o Senhor a minha luz

nas entranhas da noite...

Eu vi na escuridão plena

os dias que me vestem...

Eram puros e definidos,

e em cada um eu vi o Amor

que me foge a boca santa.

Eram os dias de trás de mim

que o espelho da vida

refletiu sobre os meus olhos

que não mais enxergavam

a minha alma sob o meu corpo.

Eu vi que todos os meus dias,

de trás de mim, eram castos,

mas se fecharam, se perderam,

se odiaram e se desfizeram

por razões incrédulas, perdidas.

Como pois os Santos dizer

o que as tempestades escuras

não me disseram, ó Rei?

Como fazer que o passado

não me aflijas no resto tempo

que me faltam a tua glória?

“Fizestes chuvas a mim tanto

que tudo o que me destes

se aprofundou nas águas frias

que cairdes dos teus céus...”

Assim eu vi as respostas Dele

sobre a minha fronte amarga,

agnóstica, vil, e impetuosa...

(E eu vi os dias dos dias todos!)

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 24/01/2010
Reeditado em 24/01/2010
Código do texto: T2047442
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.