Nos mistérios
Nos mistérios
Eu vi o Senhor a minha luz
nas entranhas da noite...
Eu vi na escuridão plena
os dias que me vestem...
Eram puros e definidos,
e em cada um eu vi o Amor
que me foge a boca santa.
Eram os dias de trás de mim
que o espelho da vida
refletiu sobre os meus olhos
que não mais enxergavam
a minha alma sob o meu corpo.
Eu vi que todos os meus dias,
de trás de mim, eram castos,
mas se fecharam, se perderam,
se odiaram e se desfizeram
por razões incrédulas, perdidas.
Como pois os Santos dizer
o que as tempestades escuras
não me disseram, ó Rei?
Como fazer que o passado
não me aflijas no resto tempo
que me faltam a tua glória?
“Fizestes chuvas a mim tanto
que tudo o que me destes
se aprofundou nas águas frias
que cairdes dos teus céus...”
Assim eu vi as respostas Dele
sobre a minha fronte amarga,
agnóstica, vil, e impetuosa...
(E eu vi os dias dos dias todos!)
(Poeta- Dolandmay)