FOI ASSIM

Como que por acaso,
Que fui andando sem nada pensar.
E fui desapercebida, quase sem ver
As pedras que me assolavam os pés,
Já doloridos tão longo o caminho,
Faz tempo percorro
Todo dia...
Em busca de Sol, em busca de luz!...

Uma luz para me guiar,
Para mostrar-me o caminho,
Traçado para meu destino,
Balança fiel da minha liberdade!...

Luz divina, onde estás?
Porque não divisas meus olhos,
Trazendo-me a paz...
Tranqüilidade para minha alma?

Sou presa, cativa, do meu eu...
Tenho a cegueira da vaidade...
Só enxergo o que quero ver!...

Continuo, porém, caminhando,
Tenho certeza irei te encontrar!...
Luz divina, onde estás?...

Oh! Sol, vem me envolver...
Vem me aquecer com o teu calor...
Abraça-me com força,
Leva-me pela mão, como à criança...
Que é pura, que tem confiança!...

Esquece que um dia errei,
Fala-me de coisas alegres
Ajuda-me a refazer,
O que não fiz tão bonito,
Mesmo com muito amor!...

É o peso de ser livre,
Quisera não ser,
Para não ser responsável,
Por tanto padecer!...

Não basta amar, simplesmente,
O verdadeiro amor tem que ser
Iluminado, Inteligente,
O amor é sábio, transparente...
Não erra, não tropeça,
Não dá fadiga no peito da gente!...

O amor fumega, deixa aturdido
Ele mora junto com a razão,
Na mente do homem, e no coração!..

Continuo caminhando
Assim, como que por acaso
E caminharei todos os dias
Enquanto Deus quiser!...

Em busca de Luz de Sol e de Amor!...


MARLLENE BORGES BRAGA