APENAS NÓS DOIS

A corrente

O corpo percorre

Em silêncio abraçamo-nos

Sem que palavras fossem ditas

Por ser absolutamente desnecessária,

Nossos corpos uniram-se naturalmente

E ficamos extasiados na troca de olhares.

Em um momento sublime, beijamo-nos,

Em torno luzes acendem-se, faiscantes,

Proporcionando um grandioso e belo espetáculo!

Como um choque elétrico, a corrente,

Faz-nos calar, mas é doce a sensação envolvida,

Nosso encontro veio formalizar, incrivelmente,

Fortes emoções que nos envolvia, eternizando,

O instante mágico, opção, quanto ao próprio destino!

Aquecía-nos, prenúncios de desejos e sonhos

Estávamos radiantes, em nós, a áurea do amor,

E o senhor do tempo, sem a mínima nevoa

Abria claramente o soberbo do horizonte

E o amor se bastava a si mesmo

Na integração alma e corpo, corpo e alma,

Incompatível sobre o sórdido interesse

Pois ele transita de coração a coração

Sendo consequência, jamais objetivo,

E amar, proporciona-nos a lei divina,

A maior de todas as felicidades.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 18/01/2010
Código do texto: T2037095
Classificação de conteúdo: seguro