APENAS NÓS DOIS
A corrente
O corpo percorre
Em silêncio abraçamo-nos
Sem que palavras fossem ditas
Por ser absolutamente desnecessária,
Nossos corpos uniram-se naturalmente
E ficamos extasiados na troca de olhares.
Em um momento sublime, beijamo-nos,
Em torno luzes acendem-se, faiscantes,
Proporcionando um grandioso e belo espetáculo!
Como um choque elétrico, a corrente,
Faz-nos calar, mas é doce a sensação envolvida,
Nosso encontro veio formalizar, incrivelmente,
Fortes emoções que nos envolvia, eternizando,
O instante mágico, opção, quanto ao próprio destino!
Aquecía-nos, prenúncios de desejos e sonhos
Estávamos radiantes, em nós, a áurea do amor,
E o senhor do tempo, sem a mínima nevoa
Abria claramente o soberbo do horizonte
E o amor se bastava a si mesmo
Na integração alma e corpo, corpo e alma,
Incompatível sobre o sórdido interesse
Pois ele transita de coração a coração
Sendo consequência, jamais objetivo,
E amar, proporciona-nos a lei divina,
A maior de todas as felicidades.