CONTÁGIO
Quando um atleta sobe ao pódio
Alegramo-nos, esquecemos ódios
Vibramos com aquela conquista.
Quando o desastre soterra desconhecidos
Comovemo-nos como se fossem amigos
Lemos todos os nomes das listas.
Quando vemos a risada de uma criança
Quando em seus olhos brilha a confiança
Esquecemos que nos tornamos adultos.
Até mesmo o cão latindo com alegria
Emociona-nos, melhora nosso dia
Tanto faz se somos broncos ou cultos.
Somos sempre tão influenciáveis
Somos sempre volúveis, tão vulneráveis
Em toda vida, em qualquer estágio.
Somos capazes de mudar nosso humor
Da tristeza a alegria, do ódio ao amor
Não há vacina para o bom contágio.