CONTÁGIO

Quando um atleta sobe ao pódio

Alegramo-nos, esquecemos ódios

Vibramos com aquela conquista.

Quando o desastre soterra desconhecidos

Comovemo-nos como se fossem amigos

Lemos todos os nomes das listas.

Quando vemos a risada de uma criança

Quando em seus olhos brilha a confiança

Esquecemos que nos tornamos adultos.

Até mesmo o cão latindo com alegria

Emociona-nos, melhora nosso dia

Tanto faz se somos broncos ou cultos.

Somos sempre tão influenciáveis

Somos sempre volúveis, tão vulneráveis

Em toda vida, em qualquer estágio.

Somos capazes de mudar nosso humor

Da tristeza a alegria, do ódio ao amor

Não há vacina para o bom contágio.

Luiz Lauschner
Enviado por Luiz Lauschner em 18/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
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