NA HORA DO ADEUS

certo é

nada é eterno

tudo efêmero

por que, pergunto-me,

tantos castelos erguidos

se o tempo arrasa ?

riquezas e falácias

orgulhos e caprichos

se o tudo é nada

das erigidas construções

restarão escombros,

dos cadáveres, cinzas.

nada se leva

tudo se deixa

ambições e intrigas

se tiver um só sussurro

sincero e contrito

seja prece na despedida

despida de mágoas

isenta de desforras

florida de ternuras...