Um Natal espiritual
Um natal espiritual
Foi o que nos ensinaram a conhecer
Nele não havia essas festas
Nem presentes
Em papai Noel a gente nunca acreditou
E ainda bem que aprendemos assim
Porque ficaríamos muito tristes
Humilhados e infelizes
Se o bom velhinho não nos visitasse
Se todo ano nos esquecesse
Sem nunca se justificar
Mas não tínhamos essa fantasia
Por isso não houve lacuna na ausência
Do tão querido papai Noel
Nosso Natal era diferente...
E a gente o sentia de forma real
Em espírito!
O comércio ainda não tinha chegado
Entre nós com sua boca de dragão
Para deturpar o sentido do nosso natal
No mês de dezembro
Mesmo vivenciando grandes dificuldades
Havia uma magia a nos envolver
E nossos corações se preparavam
Para uma festa celestial
Onde Jesus menino viria nos visitar
No momento em que nascesse
Nisso nós acreditávamos
Então, quando chegava o dia 24 de dezembro
Nossos casebres eram arrumados
A comida era melhorada
Tinha sabor e cheiro especial
E nossas roupas, as vezes novas, as vezes não
Eram passadas e penduradas com carinho
Para vestirmos na missa da madrugada
Lá na igreja da nossa pequena cidade
Onde todos se confraternizavam
Com um abraço e palavras de feliz Natal
Depois da missa os jovens ainda ficavam
Na praça da igreja ou na festa dançante
Que sempre havia nessa noite
E quando o Sol do Natal chegava
A comunidade se encontrava contagiada pela paz
Esse clima se sentia na alma
E se compartilhava com nossos vizinhos
Fazendo uma visita às famílias próximas
E levando de costume
Um pedaço de um bolo bem simples
Que a família tinha feito na tarde anterior
E a família que recebia o retribuía
Num ato singelo de fortalecimento
De elos de amizade entre ambas
Assim, dessa forma tão simples
Vivíamos em espírito
Os natais da nossa infância e adolescência
Podendo sentir de forma simbólica
O verdadeiro sentido dessa festa
E apesar da história ter nos mostrado
Que Jesus não Nasceu em Dezembro
Essa data escolhida pelos cristãos
Tem toda a magia e grandeza da noite real
Essa que na história se perdeu...
Mas é uma pena!
Ver uma noite tão bela
Sendo palco pra reinado material
Onde o consumismo rola e deita
No presépio!
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 14.12.09
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"
Imagem retirada do google
Um natal espiritual
Foi o que nos ensinaram a conhecer
Nele não havia essas festas
Nem presentes
Em papai Noel a gente nunca acreditou
E ainda bem que aprendemos assim
Porque ficaríamos muito tristes
Humilhados e infelizes
Se o bom velhinho não nos visitasse
Se todo ano nos esquecesse
Sem nunca se justificar
Mas não tínhamos essa fantasia
Por isso não houve lacuna na ausência
Do tão querido papai Noel
Nosso Natal era diferente...
E a gente o sentia de forma real
Em espírito!
O comércio ainda não tinha chegado
Entre nós com sua boca de dragão
Para deturpar o sentido do nosso natal
No mês de dezembro
Mesmo vivenciando grandes dificuldades
Havia uma magia a nos envolver
E nossos corações se preparavam
Para uma festa celestial
Onde Jesus menino viria nos visitar
No momento em que nascesse
Nisso nós acreditávamos
Então, quando chegava o dia 24 de dezembro
Nossos casebres eram arrumados
A comida era melhorada
Tinha sabor e cheiro especial
E nossas roupas, as vezes novas, as vezes não
Eram passadas e penduradas com carinho
Para vestirmos na missa da madrugada
Lá na igreja da nossa pequena cidade
Onde todos se confraternizavam
Com um abraço e palavras de feliz Natal
Depois da missa os jovens ainda ficavam
Na praça da igreja ou na festa dançante
Que sempre havia nessa noite
E quando o Sol do Natal chegava
A comunidade se encontrava contagiada pela paz
Esse clima se sentia na alma
E se compartilhava com nossos vizinhos
Fazendo uma visita às famílias próximas
E levando de costume
Um pedaço de um bolo bem simples
Que a família tinha feito na tarde anterior
E a família que recebia o retribuía
Num ato singelo de fortalecimento
De elos de amizade entre ambas
Assim, dessa forma tão simples
Vivíamos em espírito
Os natais da nossa infância e adolescência
Podendo sentir de forma simbólica
O verdadeiro sentido dessa festa
E apesar da história ter nos mostrado
Que Jesus não Nasceu em Dezembro
Essa data escolhida pelos cristãos
Tem toda a magia e grandeza da noite real
Essa que na história se perdeu...
Mas é uma pena!
Ver uma noite tão bela
Sendo palco pra reinado material
Onde o consumismo rola e deita
No presépio!
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 14.12.09
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"
Imagem retirada do google