Tudo é obra de Tuas mãos

Chove uma chuva contínua, não é uma tempestade.

É como um amor da maturidade...

Pela janela da cozinha vejo a calha na área de sol e

Descem águas ininterruptas e límpidas, é abundante.

Estranhos relâmpagos têm início e se interrompem.

É algo um tanto inédito para mim.

Como se fosse interrompido seu eco.

Nunca, de fato não me lembro de ter ouvido algo assim.

Mas pela rua abaixo descem as águas limpando o chão.

Agora eu já do quarto vejo a chuva cair sobre os telhados.

De longe vejo a palmeira imponente e grata então.

E no vizinho, as rosas e romãs se deliciam com seus pés molhados.

Como é belo ouvir as gotas caindo em harmonia.

Intermitentes, ora cá, ora lá e recomeça aqui e ali.

Em cada canto faz um som, formando uma sintonia.

Agora raios de sol caem com ela aqui.

O Artista Maior nos presenteia com tal brinde.

Glórias a Ele por mais esta visão.

Pela linda audição.

Contemplo impávida as Tuas mãos.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 28/11/2009
Reeditado em 31/05/2010
Código do texto: T1948714
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