Para Rosselle

Ela é tão meiga e de tão lúcida cor,

branquinha e tão linda, essa nova flor,

que a chamo de vida, essa alma florida,

uma mulher fidalga, esse meu novo amor.

Tu és hoje o que foste antes desta vida

perdida de mim, achada com estranho atraso,

mas, dá-me um abraço e um beijo na boca

e hei de ter-te louca abraçando os meus braços.

Na mesa, quem sabe, serás a outra Ângela,

ou Roberta em outra vida, ou só minha gorda,

porque eu já te amo do pé à cabeça,

de segunda a sexta, minha tão linda moça.

Tua alma é minhalma e teu corpo é o meu,

te trago no peito, feliz, tu bem sabes.

Rogo-te de novo: dá-me outro abraço,

cultiva este amor por hora encarnado