ALMAS GÊMEAS

Quantas vezes ainda
os ventos na areia...
a areia no mar...
e esta intolerável
indiferença no ar?

Quanto tempo ainda imerso
na falsa ausência de visão?
A sensação de chão a chão...
tormentoso, mero, moroso...
tenebroso adivinhar?!

Quantas léguas de distância
de um sussurro inefável...
a brisa, um sopro volátil...

o rumor da arrebentação
colado em minha audição...
e apartado desta fusão
como o brilho da luz lunar...

A cegueira banhada em luz...
deus que vaga, vago, e seduz
em corpo, em carne e osso
esvanescidos em luz difusa!

Até quando incosciente...
e tão íntimo... nessa confusa
unidade, em desoladora constância?!...

Com amor,


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Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 30/06/2006
Reeditado em 26/09/2006
Código do texto: T185276
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