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92.
Neste casulo o corpo afoga-se
Na água escura
Esverdeada,
O ar rompe o peito de pulmões fracos,
À sombra da cor
Os cabelos encaracolados
Dançavam sob a superfície
Longos braços de caravelas
Calmaria
E ela tão bela...
A pólvora que marca a ferida
Aberta
Machucada
Inocência enjaulada
O passado quem pediu
Lembrança indelicada
Será que eu morreria por você?
Neste barco perdido
Na vida obscura
Acinzentada
O fogo que estala o corpo de músculos frágeis,
À frente de chamas
Longas e pequenas
Que ardem a pele bem mais
Que as antigas e doces memórias
Dos surtos
Absurdos
Da barbárie em defender
Na ignorância,
A supremacia de um Deus...
Fachos de cores
Que adentram a porta do quarto
De outras encarnações...