A Vigésima Quinta Hora
Na quietude da noite, no leito quente
Eleva-se em meditação ao cosmo estrelado
E o espírito não mais lamenta, atribulado
O peso do corpo inerte, dormente.
Sublime paz envolve e enternece o ser.
Se tudo é irreal, pouco mais importa;
O tempo já não bate inexorável à porta
E não há medo ou tristeza no envelhecer
Mas apenas do galo cantar de madrugada...
Do amanhã de novo mostrar-se na alvorada...
Ou do relógio novamente a hora bater...
Despertando o sono mais doce e bonito
Que só se encontra além, no infinito
No aconchego do peito da alma amada.