Flores poéticas desabrocham em mim...

Sensíveis flores poéticas
Desabrocham todo dia em mim
E não sei de onde vêm as sementes
Nem tão pouco quem as plantou
Mas as sinto em todo meu ser
Elas me chegam de muitas formas
É uma energia primaveril
Ou uma alegria vinda com a chuva
Mas também chegam flores desbotadas
E as vezes, uma incerteza que me traz medo
Porém, todas germinam, crescem e florescem
Junto a elas, vem a flor da esperança
Essas flores poéticas respiram em mim
Enquanto suas gotas de orvalho choram poesia
E o meu coração fica inquieto...
Pulsando acelerado!
Misturando  pensamentos de todo jeito
E em cada canto deseja estar
Até se sentir livre de fato
Momento pleno de seu vôo alçar...
Então minha alma se desprende
Deixa meu limitado corpo
E rumo ao mundo vai...
Vai longe...  muito longe...
Até  se perder na imensidão do  infinito
Depois...  em si mesma , se encontrar...
E sempre assim...
Num desabrochar contínuo
As flores me levam a qualquer tempo
E a minha inquietude nunca cessa
Apenas dorme por breve instante
É uma inspiração que eternamente estar comigo
E sem cansar... vive a voar...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho - Poetisa da Caatinga
Natal, 29.08.09





 
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 29/08/2009
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T1782048
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