Vertente.

Vertente.

Essa vertente,

que corre sem fim,

abre caminhos,

regando molhando,

vai esparramando:

com tanta eloqüência,

em palavras, em atos se expande.

Você muda,

transmuta em diversas cores,

espelha seu brio,

aumenta o seu brilho.

Essa vertente que às vezes são lágrimas,

que sucumbem em silencio,

as fezes se fecham, secam,

lembrando um deserto.

Muitas vezes são oásis,

claros cristalinos,

onde tudo floresce tudo cresce.

Muitas vezes as farturas acontecem.

Mais também lembram o sangue, o suor, a dor,

a alegria, o amor....

Nessa vertente, onde,

o organismo morre,

para que a luz possa mudar, para outros corpos,

em outras formas, se transformar,

para cada vez mais iluminar.

Essa vertente tão viva,

que ás vezes castiga,

para ensinar;

nunca deixará de molhar nossa boca,

nem a fome nos matar,

se nunca deixarmos secar essa vertente,

que vai sempre revitalizar.

Cláudio D. Borges.

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 27/08/2009
Código do texto: T1777304
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.