PLENITUDE
Ó êxtase fremente, ó beatitude,
Ó páramos celestes, amplidões,
Incensos de aprazíveis regiões,
Bonanças, gozo cósmico, saúde...
Ó áureas planícies, ó ondas de luz
Que emanam da absoluta Unidade,
sensação de errar pela Eternidade
No dorso azul de um cavalo andaluz...
Um sentimento de união com o Pai,
Uma angelitude, uma tal pureza,
Que a alma, livre da carne que a faz presa,
Abre as asas, rufla, esvoaça e vai...
E quando se funde ao Todo Infinito
Gaseifica-se, torna-se uma estrela
Que tremeluz, que voa veloz pela
Imensidão do espaço mais bonito...
Vagner Rossi